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"Águias de Deus"

29/1/2015

"Águias de Deus"

(parte II)








Introdução: O que o leitor pode tirar deste pequeno mas profundo estudo são os ricos ensinos de edificação, sabedoria e de grande reflexão para a sua vida. Á medida que lê pode aproveitar ao máximo a sua reflexão, acrescentando ao estudo suas próprias experiências, seu conhecimento e muitos outros pensamentos inspirativos que receberá na comunhão do Espírito Santo.


VISÃO DA ÁGUIA – NAS ALTURAS VEMOS COM OS OLHOS DE DEUS

1- Os olhos da águia- Possuem visão ampliada, telescópica, vêm à distância com o olhar fixo e firme que lhe permite detectar à distância e com rapidez a sua presa. Têm uma película nos olhos que impede de lacrimejar, mantêm a visão quando enfrenta o brilho do sol, ou a chuva e o vento.         

Vivemos nos lugares celestiais em Cristo (Ef. 1: 3)- "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo."

No reino de Deus, no mundo do Espírito, temos revelação e visão límpida.
Como águias, andamos nas alturas do Espírito, próximos de Deus, cheios de visão espiritual.
(1ª Cor. 2: 9-10) – Recebemos revelação do trono de Deus pelo Espírito Santo.
"...as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam. 
Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus."

1.1 – O olhar firme do cristão-águia: manter a visão, focar-se nos caminhos de Deus, tendo sempre o cuidado de desviar-se das veredas do mal e perigosas para a sua alma. 
(Pv. 4: 24-27)-
"Desvia de ti a tortuosidade da boca e alonga de ti a perversidade dos lábios.
Os teus olhos olhem direitos, e as tuas pálpebras olhem diretamente diante de ti.
Pondera a vereda dos teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem ordenados!
Não declines nem para a direita nem para a esquerda, retira o teu pé do mal."


(Ez. 10: 14,19) Rosto de águiaO querubim movido pela glória de Deus que tinha uma roda chamada “revolvente” que o acompanhava para a direcção que tomava. Uma das quatro faces do querubim era a da águia, pela visão descrita percebe-se que há movimento da glória de Deus    através destes querubins como um prolongamento do reino de Deus. Na visão o profeta vê quatro rostos diferentes em cada um dos querubins, e um dos rostos que aparece é o da águia o que me leva a entender que é uma das representações da natureza de Deus.

O cristão tem por natureza o rosto de águia, ele recebe de Deus, sua fonte, uma das suas grandes características, a visão. Um visão ampliada, firme, clara, que se mantém em todas as estações da vida, ela é capaz de enfrentar o que quer que seja mantendo sua principal característica.

1.2-   (Ez. 11: 19) A promessa de um novo coração.

"E lhe darei um mesmo coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei um coração de carne."

Para que recuperemos a natureza da águia em nossas vidas precisamos de uma mudança radical em nossos corações através de uma purificação no nosso homem interior e pela habitação do Espírito de Deus em nosso espírito. Sem este nascimento e esta transformação não será possível descobrirmos esta natureza da águia operando em nossas vidas.

1.3- (Ez. 11: 22-25) A glória de Deus  e o espírito da profecia. Vendo com os olhos de Deus.
 O profeta foi tomado pelo Espírito da profecia para que pudesse ver o que ia no coração do povo e seus líderes, bem como as suas obras.
"...e a glória do Senhor se alçou desde o meio da cidade e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade. Depois o Espírito me levantou e me levou em visão à Caldéia, para os do cativeiro; e se foi de mim a visão que eu tinha visto. e falei aos do cativeiro todas as coisas que o Senhor me tinha mostrado."

Veja também o cap. 10: 12- " E todo o seu corpo, e as suas costas, e as suas mãos, e as suas asas, e as rodas, as rodas que os quatro tinham, estavam cheios de olhos em redor." 
Lendo esta passagem percebe-se a visão de águia de Deus como aquele que tudo vê. Diz a escritura que essas rodas estavam cheias de olhos em redor.

(Ez. 12: 2)Casa rebelde não tem visão aguçada.
"...tu habitas no meio da casa rebelde, que tem olhos para ver e não vê, e tem ouvidos para ouvir e não ouve; porque é casa rebelde."


2-         A visão da águia – A visão ampla do cristão

A águia tem a capacidade de enxergar em todas as direções. Ela consegue ter uma visão num raio de 360 graus, ela vê de frente, para a frente, para os lados, e para trás, e sabe dar rumo ao seu destino.
Ela tem uma visão ampla e detalhada.

A lição da águia para o cristão:
(1ª Co. 2: 9-16)- "... Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. (...) Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. 
Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo?
Mas nós temos a mente de Cristo."

O cristão tem a mente de Cristo. O cristão foi formado para ter uma visão detalhada e ampla do reino de Deus e sobre o mundo em que vive. Nós recebemos de Deus para podermos discernir o que é de Deus e enxergarmos o que acontece no mundo.
Nossa visão está virada para um mundo que precisa de ajuda, de salvação, e de aproximação a Deus.
Não podemos ter uma visão virada para nós: corrupta, antiquada, conservadora, limitada, no sentido de ser prejudicial para a nossa natureza de águia.

2.1- A visão do cristão quanto aos vários assuntos do reino:

Quanto à doutrina:
Há um grupo de obreiros que vive muito a teologia, mas são duros de coração, não têm a visão do amor, da misericórdia, do perdão para com o próximo.
Há outros que vivem intensamente no exagero da experiência com o Espírito, perdem o controle do Espírito, fazendo-se de espirituais não se firmam na verdadeira doutrina cristã e na verdade de Deus, conhecem e usam pouco as escrituras. Não se dispõem a serem dirigidos para a diversidade do ministério de Deus e não vivem a manifestação da Palavra direcionada por Deus.
Há muitos que se preocupam com a arte de bem falar, com metodologias, com técnicas no falar, mas não têm a unção e a vida do Santo, vivem à parte do poder de Deus e até disfarçadamente e teimosamente dizem que estão bem com o Espírito.

Quanto à liturgia na igreja: O culto cristão
Existem grupos de crentes que vivem ano após ano encurralados num sistema de cultos que não passa do mesmo: cultos fechados ao Espírito, frios, monótonos, sem alegria, sem entusiasmo, cheio de formalismo, e de cerimonial.
Têm uma definição tão baixa, tão medíocre do que é o culto para Deus. Não há lugar para as emoções, para um espírito de adoração e louvor e para a alegria na presença de Deus. É um rigor cheio de cegueira espiritual.
Muitos preferem festejar o espetáculo do desporto, a música mundana, as festas populares, e na casa de Deus são tão fechados para Deus.
Um outro extremo são os cultos em que são dirigidos por homens que manipulam o povo, usando o nome de Deus, o nome de Jesus, a Bíblia, para entrarem em loucuras, em novidades sobrenaturais que trazem mais perturbação e confusão do que bênção e paz para as pessoas.
Tem que haver ordem e decência, mas também vida, entusiasmo e o calor do Espírito no culto cristão.
Deus move-se como quer, tem propósitos para cada reunião, não podemos por nós mesmos antecipar aquilo que achamos que deve acontecer. O Espírito Santo é o guia da igreja, aquele que nos instrui, nos ensina, e nos leva ao centro da vontade de Deus. Todo o louvor, a adoração, a ministração da mensagem e os dons do Espírito, devem ter a marca do Espírito de Deus, sua inspiração e revelação. Dependemos do poder, da sabedoria, e do amor de Deus.

Quanto à obra missionária:
Devemos ter os olhos de Deus para percebermos a missão de Deus na terra.
A nossa visão deve ser a visão de Deus, para isso devemos estar sujeitos à sua Palavra e ao seu Espírito.
Temos que alcançar o mundo em cada geração, termos uma visão ampla quanto à missão. A igreja tem a responsabilidade de pregar o evangelho a toda a criatura e fazer discípulos de todas as nações.
O nosso investimento não deve ser limitado à igreja local ou às nossas  vidas familiares, o mundo está à espera da manifestação da igreja, dos ministérios de Deus, pois esta é a ordem de nosso Senhor Jesus Cristo. ( Mt. 28: 19-20)- "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!"; (Mc. 16: 15,16) - "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura.
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado."

Quanto ao equilíbrio no evangelho:
É necessário um equilíbrio entre as escrituras e o poder de Deus.
Os absolutos de Deus são inegociáveis. Não podemos pôr de parte a nossa confissão de fé, as nossas raízes apostólicas e a teologia com a piedade (o conhecimento e uma vida espiritual com Deus).
Também não podemos ser possessivos, donos de alguma coisa, e frios para o ministério da unção de Deus em nossas vidas e na igreja.
Jesus Cristo manifestou-se em graça e em verdade.
Temos que ser exemplo: na Palavra, no espírito, nas boas obras, na justiça, no exercício da misericórdia, na paciência, no uso dos dons do Espírito, e na missão que Deus nos deu.


( 1ª Ts. 1: 5,6)- "...porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis, quais fomos entre vós, por amor de vós. E vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor , recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo.";
 (2ª Co. 6: 6,7)- "...na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda."; 
(Hb. 6: 9-11)- "Mas de vós, Ó amados, esperamos coisas melhores e coisas que acompanham a salvação(...) Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho da caridade (...)não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas."


(continua no próximo número)

Fernando Franco






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