Escrituras: (Mt 6: 9-15)- “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso que estás no céu...”
(Sl 19: 14); (Sl 5: 1)
Introdução: Quando os discípulos pediram a Jesus que lhes ensinasse a orar Ele deixaria assuntos dos quais jamais poderiam esquecer todos aqueles que fossem chamados pelo seu nome.
Quando Jesus disse: “ Vós orareis assim...”, Ele estava a motivar-nos a vivermos uma vida de oração, estava a desafiar-nos a seguir um modelo de oração pelo qual governássemos toda a nossa vida de oração. Jesus deixou-nos palavras que nos levasse a considerar o significado de cada uma delas. Para que vivamos em oração é fundamental que conheçamos minimamente a Deus e cresçamos no conhecimento do seu nome, é necessário que estejamos dispostos a viver nos passos de Jesus, no seu comportamento, porque tudo o que mostramos em oração a Deus são os nossos desejos, propósitos e intenções que queremos que sejam satisfeitos. Existem milhões de pessoas que recitam esta oração todos os dias sem nunca terem percebido o significado que encerram as palavras de Jesus. É preciso compreender estas palavras e cada ponto focado pelo Mestre a fim de termos um relacionamento pessoal com o Pai e trazer mudanças constantes no nosso comportamento cristão para o dia a dia. Nesta oração estão encerrados segredos para uma vida de sucesso e de serenidade segundo Deus, revela-nos a grandeza do seu poder e amor por nós e dá-nos chaves para vivermos na senda da vitória sobre o mundo, assim como o nosso grande Mestre e Senhor viveu.
1- “ PAI NOSSO...”
No Velho Testamento Deus era considerado como alguém distante e majestoso em seu comportamento. Era visto como um ser Santo, um Juiz severo apoiado no tribunal inflexível e rigoroso da lei. Somente com temor e por intermediários é que o povo se aproximava do Senhor e de forma distante. Apesar de Deus revelar-se em muitas ocasiões como um Pai protector, o seu amor que demonstrou pelos seus feitos, pela sua provisão, pelos seus maravilhosos ensinos, ainda estava por desvendar todas as suas qualidades de Pai no coração de seus filhos, era preciso experiência, contacto, intimidade e mudança na nossa natureza.
No Antigo Testamento o nome de Deus era tão reverenciado que ninguém ousava pronunciá-lo, referiam-se a Ele como YAHWEH (termo hebraico), o nome que ninguém conseguia pronunciar por temor de ofender ao Senhor. A palavra YAHWEH foi traduzida por “SENHOR” que no hebraico se diz Jeová. Trata-se do nome que manifesta a observância do pacto. Aparece no velho Testamento cerca de 7000 vezes, que significa “Ele continuará (activamente) a ser “. O Deus que não permanece alheio ás necessidades do seu povo, desceu para ajuda-los e salva-los; ao assumir esta relação, Ele revela-se a si mesmo como Jeová, o Deus da Aliança, Ele quer estar presente com o seu povo. O nome de Jeová tem a sua origem no verbo ser, inclui o tempo passado, presente e futuro, Ele é o eterno “EU SOU”, Ele se manifestou, Ele se manifesta e se manifestará. O nome de Deus revela o seu carácter revelado.
(Ml 2: 5; 3: 6; Êx 3:12; Êx 3: 14)
Deus se revela como PAI no Novo e no Velho Testamento referindo-se como fonte de todas as coisas e criação do homem, por isso podemos dizer que Ele é o Pai da criação. (At 17. 28)
Esta relação como Pai da criação não garante a salvação. Somente aqueles que foram cheios da vida do Espírito de Deus, que foram perdoados e lavados pela sua acção regeneradora , e que receberam nova vida em Cristo é que são seus filhos no sentido intimo de relação com Deus. Esses podem entender o que é aproximar-se cada dia em oração e invocar o nome do Pai.
Segundo a vontade de Deus e o seu plano redentor Ele enviou o seu Filho à terra a fim de estabelecer o Novo Testamento e de trazer uma nova e emocionante revelação, de que Deus é o nosso Pai. Jesus Cristo coloca o relacionamento do homem com Deus sob uma luz inteiramente nova, Deus Pai se afasta do tribunal de justiça e da lei para vir bater à porta do nosso coração e entrar em todos aqueles que crêem em seu Filho Jesus Cristo, para se tornar Pai de órfãos.
(Jo 14: 18,20); (Gl 4: 6,7)
…
Muitas pessoas têm uma imagem distorcida de Deus como Pai.
O nome de Pai é um titulo detestável e repulsivo para muitas pessoas por causa da vida que tiveram em seus lares. Todo o comportamento, e relacionamento que viram em seu Pai terreno afecta-os pela vida fora, trazendo em sua memória uma imagem deformada de como Deus é.
Muitos conheceram somente pais cruéis, rudes e severos, outros tiveram pais inseguros, insensatos e inconstantes, outros tiveram pais egoístas, avarentos, e viciados.
É fundamental o pai ter a responsabilidade na formação do carácter dos filhos desde a tenra infância.
As crianças querem confiar plenamente em alguém que as ama, que as compreende, querem saber se são aceites e queridas.
Torna-se uma tragédia quando associamos a imagem dos nossos pais com a imagem que temos e os atributos que atribuímos de forma irreal e inconsciente com o nosso Deus.
Se nossos pais têm sido honestos, sinceros, decentes, nobres, generosos, amorosos, compassivos, misericordiosos, isto habilitará o nosso conceito do que Deus realmente é. Nossa ideia, nossos pensamentos estão condicionados pelas impressões da meninice e das recordações dos nossos pais humanos, um tanto frágeis e falíveis.
Independentemente da educação que tivemos ou das situações em que vivemos, fomos ricos ou pobres, todos nós precisamos duma revelação de Deus Pai, até aqueles que se julgam bem posicionados na vida, e que acham que têm tudo, precisam dum entendimento espiritual de Deus Pai.
...
A opinião que Jesus tinha de Deus não estava condicionada pelo relacionamento da sua infância com José, o carpinteiro de Nazaré, mas pela sua própria identidade pessoal com Deus o Pai, desde as eras da eternidade. Somente Cristo conhecia plenamente a verdadeira essência de Deus.
Devemos de ver a Deus como Cristo o viu. Deus o Pai dominava por completo o ser espiritual de Jesus, ocupava toda a sua mente, sua vontade e emoções. (Mt 11: 25-30); (Cl 1: 19); (Jo 1: 16)
Há um velho ditado que diz: “O que tu és fala tão alto, que não posso ouvir o que tu dizes.”
Os actos de uma pessoa deviam corresponder às suas palavras.
(Mt 12: 34)- “Porque a boca fala do que está cheio o coração.”
Só podemos compreender a vida e os pensamentos íntimos de alguém, pelo que diz, conforme nos ensinou o próprio Jesus.
Se desejarmos conhecer os pensamentos mais íntimos de Cristo e os conceitos de Deus como Pai, devemos observar atentamente ao que Ele disse a respeito do Pai e como se portou diante d´Ele.
Jesus disse: “ Quem me vê a mim, vê o Pai.” (Jo 14: 9)
Quando Jesus se dirigiu a Deus como seu Pai mostrou o seu parentesco filial de uma maneira tão harmoniosa, total e cheia de alegria. Havia entre o Pai e o Filho uma perfeita compreensão, unidade, concordância e harmonia. (Jo 11: 41,42)
Muitas vezes perguntamos a nós mesmos se seriamos aceites pelo Pai quando temos consciência das nossas falhas, somos assaltados com dúvidas, ficamos ansiosos, por causa do nosso comportamento.
A menos que comecemos a compreender qual é a personalidade de Deus, nunca seremos capazes de desenvolver uma confiança simples e firme naquele que é o nosso Pai.
O atributo mais notável de nosso Deus é o seu amor.
No seu amor há abnegação, altruísmo, há entrega total, generosidade, boa vontade, que quando visto por olhos humanos torna-se loucura em aceitar tal carácter. É este o amor que Deus quer derramar em nossos corações, pois o nosso muitas vezes é egocêntrico, interesseiro e egoísta.
O seu cuidado, interesse, e afeição por nós não dependem da sua disposição, ou do nosso comportamento, ou da nossa reacção às suas ofertas. Prova disso está em como Jesus se deu a si mesmo, de boa vontade, para pagar a penalidade dos nossos pecados sendo nós ainda pecadores.
(2ª Co 5: 19)
Através de Jesus Cristo podemos chegar a Deus de forma tranquila e confiante, sem qualquer temor, como nosso Pai. Não o fazemos por mérito nosso, mas pela sua atitude generosa de cuidado e afeição por nós.
Não podemos viver o cristianismo como que segurando uma balança e passarmos a medir todos os nossos pecados com as nossas boas acções, ficamos assombrados pela comparação, castigamo-nos a nós mesmos, e vemos a Deus como um Juiz severo.
Não podemos entender completamente o porquê das nossas acções e das nossas palavras, não conseguimos entender a nós mesmos nem os outros como Deus o faz.
Como entender as influências do lar, da escola, dos amigos, dos professores, durante a vida que condicionam o nosso comportamento, nossa reacções e perspectivas ? Certamente que não podemos. Muitas vezes somos rígidos connosco próprios e ásperos a julgar e a censurar os outros.
Deus compreende com toda a sua carinhosa afeição, os nossos problemas particulares, tem uma atitude muito mais magnânima para connosco do que a maioria de nós temos para com nós mesmos, ou para com os outros. (Sl 103: 13-14)
Quando entendermos completamente que os pensamentos e as atitudes de Deus para connosco são bons, cheios de graça e compreensão, haverá uma grande diferença em nossa aproximação com Ele.
Temos que viver de tal modo este entendimento, que quando nos aproximarmos de Deus teremos absoluta consciência que Ele nos receberá com compaixão e bondade, compreensão e afeição.
Deus é aquele que sabe tudo a nosso respeito, e mesmo sabendo o que há de pior em nós, Ele ainda nos ama. Ele é Pai que nos ensina, nos corrige, nos aperfeiçoa e transforma sem nunca deixar de nos olhar com amor e nos tratar como filhos.
Ele não é como um pai terreno, que trata os seus filhos conforme a sua disposição, sendo imprevisível, volúvel e inconstante, não está sujeito a flutuações imprevisíveis de temperamento, Ele permanece o mesmo. (Heb 12); (Heb 13: 8)
A fim de nos transmitir este aspecto do amor fiel de Deus para com os seus filhos, Jesus contou-nos uma parábola comovente de um pai e os seus dois filhos, conhecida como a parábola do filho pródigo. (Lc 15: 11-32)
O pai tinha conhecimento de tudo o que estava a acontecer com o filho que saiu de casa para ir para uma terra distante. Sabia que ele estava a gastar toda a sua herança de forma esbanjadora e como desonrava o seu bom nome e suas origens. Havia o irmão mais velho que também sabia que seu irmão desperdiçava a sua herança.
Apesar da tristeza, e do coração consternado deste pai, apesar da vergonha e do sofrimento, do escândalo e perda, o seu amor foi sempre o mesmo.
Embora tivesse cometido erros, o pai lhe havia perdoado.
Deus não somente perdoa os nossos pecados, esquecendo-os por completo, mas também, Ele próprio, toma a si a punição do sofrimento, resultado das nossas faltas.
As melhores pessoas, mesmo quando se dispõem a perdoar a outros, muito raramente esquecem a ofensa e esperam que a pessoa que cometeu a ofensa em seu devido tempo pague pelas falhas da sua má conduta.
A atitude do irmão mais velho: Tinha um relacionamento distante de seu pai apesar de viver sempre em sua casa, como primogénito ele tinha direito à herança em dobro ao irmão mais novo, no entanto com o seu orgulho e egoísmo impediu-o de gozar de todas as bênçãos a que tinha direito.
Qual o quadro que este filho tinha do pai ?
Ele tentava arduamente conseguir e merecer, por trabalho zeloso, aquilo que já era seu como filho mais velho. Via a seu pai como alguém severo, rigoroso, e muito exigente, nunca percebeu o seu amor, perdão, e generosidade, nunca houve aquela intimidade afectuosa nos braços do pai, nunca se sentiu aceito e desejado. O pai respondeu-lhe que tudo o que possuía era seu, mas este mantinha a sua incredulidade, a sua religião aparente, e num espírito distante da comunhão com o pai e com o irmão. Era um rapaz cheio de regras, de rigor externo, mas insensível ao amor paternal e familiar.
Devemos saber que somos o objecto do constante amor e atenção de Deus. Deve repousar em nossa alma o pensamento de que o seu interesse e cuidado por nós são intermináveis, que a sua paciência, compaixão, misericórdia, e compreensão estão sempre estendidas a nós. Seja qual for a situação da vida, não importa se invulgar ou desfavorável, em nosso coração deve repousar a segurança de que pertencemos a Ele, e que Ele é nosso.
É gritante o que se passa nos dias de hoje quando existe tanta imitação acerca deste relacionamento com o Pai, promovem o engano para milhões que estão esfomeadas pela presença do Pai e dão-lhes falsos ensinos, falsas experiências. Só em Cristo podemos encontrar o caminho para o Pai e para este vivo relacionamento, se o honrarmos seremos amados do Pai, se o rejeitarmos também seremos rejeitados. Jesus veio revelar-nos o Pai, mostrou-nos o amor do Pai, se tu nunca fizeste esta decisão de te reconciliares com Deus e de te entregares a Cristo, hoje mesmo é o tempo da salvação. Diz-lhe de todo o coração: Meu Deus e Pai creio em Jesus Cristo e em toda a sua obra de amor por mim, não quero viver mais na aparência da religião, perdoa os meus pecados e faz-me teu filho pelo poder do Espírito Santo, amem!
Se tu és cristão e esta mensagem tocou profundamente ao teu coração, volta a ler quantas vezes for necessário em oração e crê que a glória do Pai te traga unidade com Ele, cura, restauração e reconciliação pela presença maravilhosa do Espírito Santo. (continua)
É gritante o que se passa nos dias de hoje quando existe tanta imitação acerca deste relacionamento com o Pai, promovem o engano para milhões que estão esfomeadas pela presença do Pai e dão-lhes falsos ensinos, falsas experiências. Só em Cristo podemos encontrar o caminho para o Pai e para este vivo relacionamento, se o honrarmos seremos amados do Pai, se o rejeitarmos também seremos rejeitados. Jesus veio revelar-nos o Pai, mostrou-nos o amor do Pai, se tu nunca fizeste esta decisão de te reconciliares com Deus e de te entregares a Cristo, hoje mesmo é o tempo da salvação. Diz-lhe de todo o coração: Meu Deus e Pai creio em Jesus Cristo e em toda a sua obra de amor por mim, não quero viver mais na aparência da religião, perdoa os meus pecados e faz-me teu filho pelo poder do Espírito Santo, amem!
Se tu és cristão e esta mensagem tocou profundamente ao teu coração, volta a ler quantas vezes for necessário em oração e crê que a glória do Pai te traga unidade com Ele, cura, restauração e reconciliação pela presença maravilhosa do Espírito Santo. (continua)
Paz em Cristo
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