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Palavra de Revelação - 29-04-2011


ORIGENS

Gálatas 4 22-31 (Leitura Principal)
Gálatas 4:24-28
24 O que se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar.
25 Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos.
26 Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós.
27 Porque está escrito: Alegra-te, estéril, que não dás à luz; Esforça-te e clama, tu que não estás de parto; Porque os filhos da solitária são mais do que os da que tem marido.
28 Mas nós, irmãos, somos filhos da promessa como Isaque.

A alegoria dos dois concertos
Igreja! Foquemos o nosso olhar em nossa identidade e origens.
Esta alegoria de Paulo é uma revelação profunda de Deus para todas as gerações. Deus conhece as crises do homem, conhece a crise financeira, a crise política, a crise governamental, a crise cultural, a crise de valores, e a crise de identidade, da qual o mundo fala muito mas não acerta no alvo. Em todas as épocas vimos isso, mas através dos tempos muitos filhos de Deus se levantaram e mostraram ao mundo uma diferença: nunca perderam a sua identidade, nunca deixaram de fazer a boa confissão sobre suas origens espirituais, sobre a sua missão no reino a que serviam. Muitas vezes em minoria, num mundo confuso, arrogante, autoconvencido, depravado, foram bravos nas suas afirmações, nas suas convicções, na sua leitura sobre o mundo terreno e o espiritual, não oscilaram, não vacilaram, sabiam no que criam e porque criam, viram o invisível, viveram no antegozo da glória celestial, firmes, jubilosos, muitas vezes com lágrimas, tristezas, fragilizados na carne, privados do conforto e outras coisas, souberam viver, tendo sempre em pensamento: “Cristo é a minha vida”.
O que o Novo Concerto em Cristo tem haver com a nossa identidade e origens?
Tem muito! É exatamente neste assunto que Paulo foca, usando-se de uma ilustração para demonstrar a diferença entre o Antigo e o Novo Concerto.
Ele fá-lo com o objectivo de nos revelar como a Nova Aliança é superior e como ela nos transporta para uma identidade e experiência há muito nos planos de Deus para nossas vidas.
O exemplo de Abraão e Sara:
Abraão teve dois filhos; um da escrava(Agar) e outro da mulher livre(Sara).
O filho da escrava era Ismael, que nasceu segundo a carne, mas o filho de Sara nasceu por promessa de Deus.
Estas duas mulheres vieram a ser uma eterna ilustração dos dois concertos: Agar representa o antigo concerto, firmado no monte Sinai (v.25), os seus filhos (deste concerto) vivem agora sob este concerto e nascem segundo a carne ((v.23) Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa.”), não têm o Espírito Santo. Quero dizer com isto que, os filhos  segundo a descendência de Agar e Ismael ou todos os judeus filhos de Sara que não vivem segundo a promessa do Espírito e na dependência da sua graça, têm uma identidade segundo a carne e por isso são escravos dos seus desejos e paixões e estão presos à vontade egoísta do homem.
A Sara, a esposa de Abraão representa o novo concerto. Os seus filhos, quer judeus, quer gentios, os que exerceram fé em Cristo, têm o Espírito Santo  e são verdadeiros filhos de Deus. O que Paulo foca aqui nesta ilustração é profundo e de grande iluminação espiritual. Ele toca no assunto das nossas identidades e das nossas origens de tal modo que ele usa outra ilustração e emprega a palavra “mãe” como o lugar que dá à luz os seus filhos, e a fonte geradora dos seus filhos.
Quem é a nossa “mãe”? Que lugar é este que gera filhos segundo o Espírito  e nos dá a bênção eterna?
A resposta é-nos dada por Paulo, pela inspiração do Espírito Santo.
Agar tem como origem o Sinai, um monte da Arábia, que espiritualmente corresponde à Jerusalém que agora existe (a terrena), pois, é escrava com seus filhos. Representa a cidade mãe dos judeus, que procuram seguir aquele sistema ritualista cerimonial, sendo escravos de um sistema que permanece na sombra e não deixa ver na plenitude da realidade de Cristo na experiência do Espírito Santo. A cidade mãe de todos os cristãos em todo o lugar é a Jerusalém Celestial, e ela não é escrava das leis judaicas com suas imposições e regras que procuram confundir os que vivem a liberdade de serem filhos de Deus pela fé na graça de Deus que se manifestou em Cristo.
 Sara é a mãe de todos os filhos de Deus que nascem pela fé em Cristo, por promessa. Jesus Cristo falou-nos da promessa do Pai e a enviou, quando alguém crê n´Ele recebe a promessa, o bendito Espírito Santo, que nos lava e nos regenera produzindo em nosso homem interior novas criaturas, gerados pela semente da Palavra viva de Deus. Sara representa a Jerusalém que é de cima e que gera os seus filhos segundo o espírito. É de cima que vem a nossa bênção eterna. É de cima que veio Jesus, a semente prometida por Deus. É de cima que fomos gerados espiritualmente, pela intervenção do Espírito Santo e da Palavra de Deus, quando pela primeira ouvimos o evangelho da graça de Deus e o aceitamos no nosso coração. A nossa cidade está nos céus, donde esperamos o nosso noivo. Agora a nossa comunhão é viva, é transformadora, real, permanente, pois temos o Espírito da promessa. A nossa festa, a nossa celebração é com intenção, com fé, com verdade e sinceridade, com consciência limpa.
Sara era estéril e avançada em idade, mas Deus operou nela por promessa. Ela creu que o que Deus tinha prometido a si e a seu marido iria se cumprir.
O apóstolo Paulo estimula a igreja e lembra-a exatamente deste caso de Sara, pois ela é o nosso exemplo.
Assim como Deus prometeu a Sara mais filhos do que a mulher escrava e motivou-a a alegrar-se, depois daquele tempo de esterilidade, assim também hoje, Deus dá promessas à sua Igreja de que ela vai gerar muitos filhos segundo o Espírito Santo para glória do Senhor, como forma de manter uma família espiritual tão numerosa, espalhada por toda a terra e por todo o céu, cumprindo as suas promessas.
Somos cidadãos do céu, estamos no mundo mas a toda a hora precisamos de estar em sintonia com o céu, pois somos alimentados de cima, vivemos pelo Pai e pelo Filho. O Espírito traz-nos o que é de Cristo, revela-nos os poderes celestiais, executa em nós o que Cristo já fez por nós, traz-nos a imagem do Pai, como identidades celestiais, sabendo de quem somos e de onde somos.
Hebreus 10:19-23
“19 Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,
20 Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,
21 E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus,
22 Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa,
23 Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.”

Tenhamos ousadia para entrarmos no santuário pelo sangue de Jesus. Qual santuário? O celestial onde Deus está e onde Jesus está.
Como é possível? Pelo sangue de Jesus, o poder que nos abre a porta do céu à presença eterna do Pai, o poder que nos redime e nos coloca em boas relações com Ele. O Espírito Santo é a promessa, a sua presença havia de vir para residir em nossos corações e nos ajudar a entrar na presença do Pai e como suas ovelhas acharmos pastagens espirituais em Cristo. Deus preparou-nos um caminho mais excelente e tornou-o possível só por uma pessoa – o seu Filho Jesus Cristo.
Diz a escritura que Ele nos consagrou um novo e vivo caminho, repito, um novo e vivo caminho. De que maneira? Pela sua carne, isto é, pela oferta do seu corpo em sacrifício agradável a Deus. Há poder na sua morte, seu sangue derramado obteve uma conquista incomparável em todos os reinos, visíveis e invisíveis.
Nosso nome está escrito no livro da vida, aqueles que têm certeza que são d´Ele herdaram o nome mais excelente, o nome de Jesus, é um nome por muitos odiado, mas por milhões amado. Tantos foram os que encontraram salvação, livramento, cura, proteção, vida eterna, neste nome, faz parte da nossa identidade, é insubstituível em todas as gerações, é inultrapassável, tem todo o poder, ontem e hoje e eternamente.
O nosso maravilhoso Jesus é o nosso maior e único representante nos céus diante de Deus Pai, Ele dá-nos autenticidade e continuidade à nossa identidade e origens, Ele vela por isso, Ele ministra junto do Pai por esta nova realidade, para que nunca percamos o que temos recebido e sejamos iluminados para recebermos sempre o que é verdadeiro.
(Hb 8: 2, 6)- “ Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
Mas agora alcançou Ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador dum melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas.”
Jesus Cristo é ministro no santuário que nos foi aberto, é lá que Ele continuamente cumpre o seu ministério de Sumo Sacerdote, representando um povo resgatado e com acesso a melhores promessas, intercede pelos pecadores e é mediador de um concerto que tem como fundamento uma obra gloriosa e inabalável aprovado pelo Juiz de todos. Não andamos às escuras, nem sobre areias movediças, e se alguém negar esta excelência, está a regredir e constitui-se um transgressor da lei, não podemos profanar o Espírito da Graça, nem o sacrifício único e feito uma vez por todas, por nosso perfeito salvador Jesus Cristo, Deus-homem.
Sabe porque há uma constante renovação das nossas vidas com Cristo? Porque acredito que devemos ter uma renovação constante das coisas de Deus em nosso ser? Porque Deus é a ressurreição e a vida. O dia mais lindo e glorioso, único, marcante, no primeiro dia da semana, quando os anjos de Deus disseram às mulheres que procuravam o corpo de jesus: “...Porque buscais o vivente dentre os mortos? NÃO ESTÁ AQUI, MAS RESSUSCITOU.” (Lc 24: 5,6).
Há um poder tão glorioso à nossa disposição, sua presença é real,  sua vida nos leva a uma constante renovação, a cada dia morremos para coisas que não interessam, renunciamos a nós mesmos e vamos conhecendo o poder da ressurreição que vivifica em nossas vidas a vida eterna de Cristo. A ressurreição de Cristo veio trazer-nos a certeza de uma vida em constante crescimento e de novidade de vida, de um novo brilho a cada manhã, como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. Nós estamos nesse caminho, não ficamos na sepultura, mas vivemos no poder libertador e renovador do espírito Santo. Nem todos creem, nem todos buscam, nem todos têm sede da fonte purificadora e renovadora da graça de Deus. Jesus nos deu capacidade e entrada a esta experiência. Hoje é o tempo, Deus quer muito abençoar-te. Diz-lhe: eis-me aqui, dá-me aquilo que me é por herança, vai além do meu pensar e marca-me com tua presença.

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