“E PERDOA-NOS AS NOSSAS DÍVIDAS”
Os três primeiros pedidos dizem respeito ao papel de Deus como nosso Pai. Os últimos quatro focalizam as nossas necessidades humanas como filhos de Deus e este pedido de perdão assume uma importância vital no Reino de Deus. O assunto de nós perdoarmos uns aos outros e de pedirmos perdão a Deus pelas nossas falhas é de máxima importância para a nossa prática cristã, contribui muito para o nosso bem estar espiritual e a nossa caminhada para o céu.
Custa acreditar como é que milhões de pessoas fazem esta oração todos os dias, fazem este pedido ao Pai sobre o perdão, mas nas suas vidas este assunto não tem qualquer valor e o nome de Deus é tratado de forma tão leviana.
Algumas traduções sobre este pedido:
“Perdoa-nos nossas transgressões” (Knox).
“Perdoa-nos nossas deficiências” (Weymouth).
“Perdoa-nos o que devemos a ti” (Phillips).
“Perdoa-nos nossos pecados” (A Bíblia Viva).
“Perdoa-nos nossos ressentimentos” (Ampliada).
“Perdoa-nos o mal que temos feito” (NEB).
É o sentimento e a consciência de ter feito o mal que leva a pessoa a sentir a necessidade de perdão.
Temos consciência que quando nos aproximamos do Pai nos sentimos em dívida para com Ele por termos pecado contra o seu amor e generosidade? Se temos então temos à nossa disposição o seu amor, justiça e perdão. Nosso relacionamento com Ele depende muito desta atitude.
Não tenha um jugo pesado em sua vida seguindo um julgamento ou introspecção mórbida a respeito dos seus fracassos e faltas. Abrace de uma vez a graça perdoadora de Deus sobre a sua vida e deixe de exagerar na sua introspecção que não traz benefício algum. Trate as coisas como um filho de Deus que sabe humilhar-se diante do Pai e levante a cabeça e veja as obras que Ele tem para serem realizadas através da sua vida, agarre o amor e o poder de Deus e desfrute da sua presença. Determine em alcançar o próximo com um coração cheio do amor do Pai e procure ajudar os outros a saírem do seu caminho miserável.
O reconhecimento e admissão de que somos devedores e pecadores produzem no coração humano uma verdadeira humildade que abre todo o nosso ser para a presença e pessoa do próprio Deus.
(Sl 34: 18)
Se admitirmos a ideia altiva de que de maneira alguma não somos devedores ou pecadores, então a probalidade de conhecer o perdão é, na verdade, muito remota. (Tg 4: 6)
Se uma pessoa nunca sentiu culpa de algum pecado ou se nunca sentiu necessidade de perdão, então chegamos à conclusão que esse pessoa nunca percebeu ou sentiu o irresistível amor e interesse de Deus por ela, da maneira como o Pai sente pelos seus filhos.
Quando recebemos revelação do que Jesus fez por nós na cruz, pagando o preço dos nossos pecados dando-nos o seu perdão, é então que somos invadidos por um débito de amor por Ele. (2ª Co 5: 21)
É à luz de tão grande generosidade e misericórdia de Deus que as nossas melhores atitudes e expressões parecem sem valor.
O que acontece no homem verdadeiramente convertido? Quando ele tem a consciência da estupenda graça e misericórdia de Deus, o melhor que ele tem para oferecer é a simples aceitação de que ele é devedor da graça e do amor daquele que nos ama com amor eterno.
Esta petição que Jesus fez e nos deixou, foi para nos mostrar a enorme necessidade do homem em alimentar o seu coração com o que o torna realizado e completo.
O homem sente-se verdadeiramente realizado e amado quando percebe a dádiva do perdão, o que o leva a se entregar a Deus e aos outros.
É fundamental que Deus veja no homem uma atitude de renuncia ao orgulho e egoísmo e um interesse pela reconciliação com Ele, porque o Pai está ansioso por amar e aceitar essa pessoa.
(Lc 15: 11- 32)
(continua)
Paz,
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